Dia 2 de outubro, os brasileiros vão às urnas para escolher os chefes do Poder Executivo federal e estadual, e os membros das assembleias estaduais, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Em caso de segundo turno, o eleitorado votará apenas para os cargos de goverdor e presidente da República e será no dia 30 de outubro. Quase dois milhões de mesários foram escalados para trabalhar no dia da eleição. Ao todo, 577 mil urnas serão utilizadas no pleito.
A urna eletrônica
A urna eletrônica no Brasil foi utilizada pela primeira vez em 1996, sendo criada para agilizar e dar mais segurança ao nosso processo eleitoral.
Apesar das vantagens, a urna causa polêmicas desde sua criação. Muitos questionam se ela é realmente confiável. A Justiça Eleitoral reafirma sua confiança no equipamento, mas alguns especialistas garantem que já quebraram seus métodos de segurança
Entenda como funciona a urna eletrônica
Entre as principais vantagens da urna está a agilidade na apuração dos votos. Com seu uso, os eleitores ficam sabendo dos resultados da eleição no mesmo dia da votação. Além disso, a informatização do processo eliminou a intervenção humana na contagem dos votos. O que impede fraudes muito comuns na época das cédulas de papel. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, a urna eletrônica computa os votos de maneira segura e sigilosa, impedindo a identificação do eleitor e executando o processo com o melhor custobenefício. Antes dela, a apuração poderia durar dias e exigia um grande número de pessoas trabalhando.
Outro ponto favor é a inexistência de ligação da urna com dispositivos de rede, como internet e bluetooth. O que, por sua vez, impede ataques executados por hackers.
As Urnas são programadas e lacradas em público (esse processo é acompanhado por representantes do Ministério Público, dos partidos, empresas de auditoria e juizes de direito). Do lado de dentro da urna, a programação é protegida por criptografia e do lado de fora tem um lacre produzido pela Casa da Moeda.
Ao abrir uma seção eleitoral, a urna recebida passa por um teste que chama Zeresima; ele prova que a urna não tenha nenhum voto computado.
O uso da urna permite também que todas as fases do processo de votação possam ser acompanhadas e auditadas, por representantes de partidos, instituições ou cidadão que procura mais transparencia no processo. Embora o equipamento tenha se mostrado seguro, o Congresso Nacional chegou a debater a implantação do voto impresso.
As regras das eleições de 2022 foram definidas pelo Poder Legislativo e caberá ao TSE zelar pela aplicação dessas regras, mas nada impede que após o pleito se retome as discussões de forma técnica.
Foto: Reprodução TRE